António Feio e José Pedro Gomes dão uma vez mais vida às personagens Toni e ZéZé, dois esteriótipos do Zé povinho que ainda têm muito a aprender sobre a gramática e história portuguesas, mas nada lhes passa ao lado.
Roubos de multibancos, preços de petróleo e as acções da ASAE são apenas alguns assuntos que eles conseguem interpretar do avesso. Como de costume, não ficam indiferentes a nenhuma notícia, mas a sua interpretação pessoal, consegue confundir a mais séria das pessoas. Mas desta vez ficaram mais cultos, chegando mesmo a citar poemas de artistas conhecidos como a "Florisbella" Espanca ou "Fernandes" Pessoa.... impossível ficar indiferente a tamanha treta.
Além da interpretação António Feio e José Pedro Gomes partilham, ainda, a encenação do espectáculo. Um cenário minimalista mas eficaz, não irá distrair os espectadores mais que o suficiente.
Eduardo Madeira eFilipe Homem Fonseca assinam os textos, enquanto a música é da autoria de Manuel Faria e Alexandre Manaia.
Em cena de 3ª a Sábado, às 22h00 e Domingos as 17h00, no Auditório dos Oceanos - Casino de Lisboa, para maiores de 12 anos.
Os preços variam entre os 18€ e 20€ com descontos para grupos.
Uma viagem até à Berlin dos anos 20/30 é a proposta de Diogo Infante, com a peça Cabaret, em cena no Teatro Maria Matos, em Lisboa.
O musical que estreou no dia 10 de Setembro, está previsto ficar em cena até dia 28 de Dezembro e já se revelou um verdadeiro sucesso de bilheteira, com casa cheia todas as noites. De quarta a domingo,Henrique Feist no papel de Mestre de Cerimónias, Ana Lúcia Palminha no de Sally Bowles, Pedro Laginha, Isabel Ruth, Fernando Gomes, entre outros, sobem ao palco do Teatro Maria Matos e convidam-nos a uma visita até ao Kit Kat Club, nos anos de 1929 e 30, numa altura em que os nazis começavam a subir ao poder na Alemanha.
A peça, com libreto de Joe Masteroff e baseada na obra de John Van Druten e Christopher Isherwood, já teve várias encenações por todo o mundo e uma adaptação ao cinema, com Liza Minelli e Michael York nos principais papéis, deu origem a algumas músicas mundialmente famosas como "Life is a Cabaret" e "Money Makes the World Go Round",é nos agora apresentada numa encenação de Diogo Infante.
No Cabaret do Maria Matos, Henrique Feist interpreta brilhantemente o mestre de cerimónias do Kit Kat Club, dando mais uma vez provas do seu talento, deixando para a debutante Ana Lúcia Palminha a missão de surpreender positivamente o público com a sua voz e interpretação, num conjunto de excelentes actores.
Sem preconceitos, com frescura e muita loucura à mistura, a jovem actriz de cabaret Sally Bowles envolve-se com o jovem e homossexual escritor Cliff Bradshaw, num rodopio louco entre festas, bares e clubes, o jovem casal vive uma estranha relação, ao mesmo tempo que os nazis vão ganhando influência e poder.
Num país a mudar, ninguém está livre de perseguições, comerciantes judeus, cantores, bailarinos, prostitutas, homossexuais, escritores, e todos aqueles que não se enquadram na nova Alemanha, para quem o único fim parece ser a morte.
A peça é um retrato satírico de uma época, em que ainda hoje apresenta marcas, com boas actuações, excelentes canções e com música ao vivo, como seria de esperar num cabaret. A não perder, no Maria Matos, de quarta a sábado às 21h30 e domingo às 17h00, até 28 de Dezembro de 2008.
Fotos de Margarida Dias cedidas pelo Teatro Maria Matos
Visions - O Espírito dos Sonhos é o novo espectáculo do Salão Preto & Prata, no Casino do Estoril, que convida o espectador a embarcar numa viagem ao mundo dos sonhos e da mente.
Esta nova produção é da responsabilidade de Michael McPherson, antigo elemento do Cirque du Soleil, que já tinha assinado o espectáculo anterior, Four - O Espírito dos Elementos, está em cena desde 5 de Setembro e está previsto ficar em cartaz pelo menos um ano.
Em Visions participam cerca de 50 artistas, de vários géneros, bailarinos, trapezistas, acrobatas, equilibristas, músicos, entre outros. O elemento condutor do espectáculo é Paul Ponce, que representa o sonhador, ao longo dos cinco momentos do sonho, que o espectáculo recria : o Movimento, o Tempo, a Luxúria, o Pesadelo e a Celebração, que enecerra o espectáculo, numa apoteose de cor e luz.
Ao longo de cinco quadros, monstros, medos, vontades, tentações e pecados,são recriados pelos artistas, com muita cor e música, num estilo surrealista e metafórico, numa mistura das artes circenses e bailado, ao som de música pop, latina e lírica. De estilo diferente e inovador, Visions tem alguns momentos divertidos e outros que convidam à dança. As personificações dos monstros e dos medos são também um dos pontos fortes do espectáculo.
O espectáculo pode ser visto de terça a sábado, no Salão Preto & Prata, com jantar a partir das 20h30. Aspropostas de menú são três: “Menú Alegria” por 58 euros, “Menú Magia” por 62 euros e “Menú Visions” por 65 euros. Para assistir apenas ao espectáculo, às 23h00, com uma bebida incluída, o preço é de 22,50 euros por pessoa.
Kiefer Sutherland deixou de lado as gravações da série 24 para fazer este fantástico thriller de terror, que não é recomendado para pessoas de coração fraco. Nunca irás olhar ao espelho da mesma forma, ele também pode estar a olhar para ti....
Ben Carson (Kiefer Sutherland) já viu melhores dias. Já faz quase um ano que este ex-polícia instável foi suspenso por ter disparado fatalmente sobre outro polícia. Um acidente que não só lhe custou o trabalho, como contribuiu para o alcoolismo, causando o afastamento da sua esposa e filhos e levando-o a mudar-se para casa da sua irmã.
Desesperado por voltar a endireitar a sua vida e unir novamente a sua família, Carson aceita um trabalho como segurança nocturno, nas ruínas de um armazém destruído por um incêndio gigantesco, que ceifou inúmeras vidas inocentes.
Enquanto Carson patrulha os escombros queimados e misteriosos do armazém, ele começa a aperceber-se de algo sinistro acerca dos espelhos que adornam as paredes do espaço. Reflectidas na superfície brilhante estão imagens horríveis que o paralisam. Para além de reflectirem imagens chocantes do passado, os espelhos parecem estar a manipular também a realidade. Quando Carson vê o seu próprio reflexo a ser torturado, ele sofre os efeitos físicos das suas visões fragmentadas.
A sua irmã (Amy Smart), céptica mas sempre do seu lado, considera estes bizarros “pesadelos” uma consequência do seu stress e sentimento de culpa por causa da morte acidental do colega, mas a sua esposa (Paula Patton), médica da Polícia, não é tão compreensível. O comportamento errático do seu marido assusta-a, afastando ainda mais a sua família – e ela receia estar a pôr os seus filhos em perigo. Mas uma ameaça mais perigosa está eminente, presa nos espelhos e nas superfícies reflectoras do seu dia-a-dia.
Enquanto Carson investiga o misterioso desaparecimento de um segurança do armazém e a possibilidade de ligação com as suas visões fantasmagóricas, ele percebe que uma força malévola e de outro mundo está a usar os reflexos como uma entrada para aterrorizá-lo e à sua família. Para ter alguma esperança de salvar a sua esposa e filhos de uma morte horrível, Carson terá que descobrir de alguma forma, a verdade por detrás dos espelhos e convencer a sua esposa a ajudá-lo a lutar contra o maior mal que ele alguma vez enfrentou.
Estreia dia 25 de Setembro em Portugal, pela mão da Castelo Lopes.
A Editora Bertrand, do Grupo Bertelsmann, apostou forte no mês de Setembro e lança em menos de três semanas, 12 novos livros para as livrarias.
Das últimas novidades editoriais dois destaques: no campo do romance da fantasia, Elspeth, A Senhora do Pensamento, da australiana Isobelle Carmody, o primeiro da série As Crónicas de Obernewtyn, composta por seis livros, todos sucessos de vendas e que marcam a estreia da autora em Portugal.
No campo do mistério e policial, o destaque vai para o renomeadoDaniel Silva, que nos traz desta vez O Criado Secreto, mais umaaventura do já nosso conhecido Gabriel Allon, desta vez em Amesterdão, disponível a partir de dia 15 de Setembro.
Malabar, de Mário de Sousa Cunha, decorre no século XVI e tem como tema principal os descobrimentos e o destino trágico dos marinheiros que partiram de Lisboa, em busca do desconhecido.
Da série A Peste Negra, o segundo volume intitulado O Rei Louco, da autoria de Gilbert Bordes, que nos leva de novo até à França, do negro século XIV.
Com prefácio de Aquilino Ribeiro e da autoria de Francisco Xavier de OLiveira, um conjunto de crónicas de costumes, O Galante do Século XVIII.
Guia de Vinhos Portugueses, do escanção Manuel Moreira, que apresenta algumas sugestões de vinhos e deixa conselhos para escolher o vinho perfeito para cada comida.
Previsto sair para os escaparates na próxima segunda-feira, dia 15, estão o romance A Virgem Cigana, de Santa Montefiore, uma autora que já vendeu mais de 20 000 livros no nosso país.
Onde Estarás?, da chamada "rainha do suspense" Mary Higgins Clark. A Cor do Sol, da autoria de Andrea Camilleri, com intriga, mistério e humor, no seu primeiro livro publicado entre nós.
A Filha de Hitler - Winnie e Wolf , da autoria de A.N. Wilson, relata a relação entre Hitler e a filha de Wagner, durante o período de 1923 e 1940, aqui narrada pelo secretário dos Wagner, em Bayreuth, que pretende mostrar um lado menos conhecido do ditador.
Um relato real e dramático é Mais não, papá!, a história de uma criança vítima de abusos sexuais pelo próprio pai. Um relato na primeira pessoa, de Maria Landon.
Em tom mais ligeiro, 101 Fins-de-Semana na Europa, do jornalista de viagens Robin Barton, que apresenta várias sugestões de onde ficar e onde comer.
Propostas fortes e diversas, para todos os gostos.
Estreia hoje mais uma hilariante comédia protagonizada por Adam Sandler em Portugal.
Não te metas com o Zohan relata a história do maior agente anti-terrorismo da israelita que decide que quer mudar de vida. Zohan é capaz de matar terroristas com os pés e as mãos nas costas sem sequer ter que pestanejar, mas o seu grande sonho é ser cabeleireiro. Para tal, finge a sua morte frente ao seu principal arquiinimigo e ruma à América, onde irá arranjar um trabalho numa cabeleireira palestina... o que é que poderá correr mal ?
Adam Sandler é o nosso agente secreto e junta de novo os seus amigos para fazer esta deliciosa comédia, entre os quais destacamos Rob Schneider (Deuce Bigalow, The animal), John Turturro (The good Shepperd, Mr. Deeds), Dave Matthews (Dave Mathews Band), entre muitos outros.
Um romance é o tipo de livro que sabe bem ler nas férias... mas não só, à noite, ou ao fim-de-semana, deitada no sofá, ou na nossa poltrona favorita ao pé da janela, assim, embora as férias para muitos já tenham passado, deixamos aqui algumas sugestões de leitura que consideramos que imprescindíveis.
Da autoria de Mário Zambujal, Já Não Se Escrevem Cartas de Amor, editado pela Esfera dos Livros, o autor leva-nos numa viagem no tempo a uma Lisboa e arredores cheios de glamour e mistério, em plena década de 50.
Na época do pós-guerra em que as os refugiados estavam por toda a parte da nossa cidade e no Estoril passeavam algumas das famílias reais destronadas, o jovem alfacinha Duarte apaixona-se pela bela e encantadora austríaca Erika, com ela vai trocar cartas de amor e descobrir as delícias do primeiro amor.
Um romance breve e sonhador, narrado pelo protagonista, numa noite de tempestade e que Mário Zambujal nos apresenta na sua habitual forma descontraída e cativante.
Também no Pós-Guerra, mas desta vez numa bela villa italiana, decorre a acção de Uma Villa em Itália,da autoria da Chilena Elizabeth Edmondson, editado pela ASA.
A estória começa após a morte de Beatrice Malaspina, uma misteriosa dama italiana, rica, detentora de uma casa magnífica com vista para o mar, que deixa indicações no seu testamento para reunir quatro desconhecidos (três ingleses e um americano) na sua bela villa de férias, para a leitura do seu testamento.
Uma vez reunidos sobre o mesmo tecto, os quatro desconecidos têm uma tarefa para desenvolver, conhecem-se uns aos outros e formam-se amizades improváveis, numa aura de mistério e romance, com o mar como fundo.
Um romance despretensioso, agradável, com um ligeiro véu de mistério, que nos prende da primeira à última página, "perfeito para umas férias", como diz o Oxford Times.
Num estilo não tão romântico, a ASA traz-nos Escândalo, um livro da autoria da britânica e ex-jornalista Penny Vincenzi. Inspirado num dos maiores escândalos financeiros da Grã-Bertanha da década de 80, o "Second's Lloyd's Act".
Numa altura em que Margaret Tatcher está quase a deixar o poder, mais de centenas de ingleses ditos endinheirados e da classe médias, viram-se na bancarrota de um momento para o outro, devido a investimentos na Lloyds.
Este foi o ponto de partida da autora, que ao longo de quase700 páginas relata a vida de várias famílias, as suas perdas, os seus dia-a-dia, os seus romances e sonhos e a maneira como lutaram e sobreviveram para resistirem a um dos piores pesadelos que podíam ter.
Obrigados a vender as casas, perderem o emprego, famílias e às vezes até a vida, um grupo de resistentes juntou-se e lutou de volta, pondo a empresa em tribunal, não aceitando perder todos os seus pennies passivamente.
Um exemplo de que nem todos os ricos são maus, alguns também choram e que o lucro fácil tem sempre graves consequências, mas acima de tudo, um exemplo de coragem e uma leitura emocionante.
Emocionante, apaixonante e comovente é o livro O Regresso, da escritora e jornalista Victoria Hislop, editado entre nós pela Civilização.
Ao contrário de tantos outros livros que li até hoje, este deu-me vontade de gritar, de me revoltar, de bater em alguém e até de chorar.
Escrito de uma forma simples e brilhante, a autora que não é espanhola, traz-nos neste romance as dores e as amarguras da Guerra Civil espanhola, que embora tão longe no tempo ela consegui fazer-nos senti-la tão perto.
A acção começa na bela e imponente Granada, no seio de uma família típica, simples, donos de um café, pai, mãe e quatro filhos jovens, todos cheios de sonhos e de garra para vencer.
Um toureiro - Ignacio, uma dançarina de flamenco - Mercedes, um guitarrista - Emilio e um professor - Antonio são os protagonistas deste romance, narrado pelo emotivo Miguel, que nos conta o seu percurso durante os anos da revolução. As suas alegrias e amarguras numa guerra ingrata para todos.
Através das personagens ficcionais vamos também conhecendo um pouco da História de Espanha e das suas dores. Com eles lutamos, amamos, sorrimos e choramos, tudo para agora olharmos para trás, para o legado de uma época triste e não nos esquecermos dos erros que não devemos voltar a cometer e que no fundo, o Amor é o mais importante. Um livro incontornável.
Calmo, tranquilo, melodioso, relaxante, mas ao mesmo tempo cheio de vida é como podemos classificar Sisal, o último albúm de Gil do Carmo, lançado este ano pela Farol.
De estilo moderno, o músico apresenta neste albúm um conjunto de 13 músicas inéditas, nas quais combina, numa harmonia perfeita os ritmos lusos do fado, aos ritmos quentes do Brasil e Cabo Verde.
"A2", "Mulher de Negro", "Madres de Goa", "Quem Me Dera ser o Fado" e "Sisal", são alguns dos temas que Gil do Carmo interpreta, numa "ligação de amor" entre a poesia e a música.
O albúm é terno, romântico, sonhador e viciante, óptimo para ouvir ao fim do dia, naqueles momentos em que só queremos relaxar e não pensar em mais nada, na companhia de um porto ou de um branco alentejano... bem gelado... a olhar por uma janela, de preferência com vista para o Tejo... nem que seja só na nossa imaginação.
Inspirado nas músicas do grupo sueco ABBA e no musical com o mesmo nome, chega agora às salas de cinema portuguesas o filme Mamma Mia, de Phyllida Lloyd, com Meryl Streep, Pierce Brosnan, Colin Firth,Stellan Skarsgard e Amanda Seyfried nos principais papéis.
Durante mais de uma hora e meia, um elenco de actores pouco habituais de ver nestas andanças, contam a estória de uma mãe, uma jovem noiva e três potenciais pais, numa bela e pitoresca ilha grega, Kalokairi.
O filme além de musical é uma comédia, das melhores dos últimos tempo, uma Meryl Streep de jardineiras, descabelada e a cantar ou a tentar usar ferramentas completamente desengonçada e um Pierce Brosnan atentar cantar e a fazer declarações de amor ao fim de 20 anos de ausência, são algumas da pérolas cómicas deste filme.
Colin Firth também não fica atrás, fazendo nos esquecer a sua postura austera e fria que nos habituou nos seus últimos filmes.
Refrescante é a presença de Amanda Seyfried, que conhecemos de séries como Verónica Mars e CSI, a jovem além de ser uma lufada de ar fresco no elenco é também o elo de condução da história, que nos fala de amor, família e amizade.
Canções como "Mamma Mia", "Chiquititas", "Waterloo", "Dancing Queen", "Take a Chance on Me", são recriadas de uma forma única e transportam a geração que cresceu ao som dos Abba até outra época.
Distribuído pela Lusomundo em Portugal, Mamma Mia faz-nos rir, cantar e até dançar, numa paródia em que nem os deuses ficam de fora. Um filme a não perder....
Eduardo Madeira eFilipe Homem Fonseca assinam os textos, enquanto a música é da autoria de Manuel Faria e Alexandre Manaia.
